sexta-feira, 30 de maio de 2014

Lição da espera

Retificação

Saber esperar, sabendo
ao mesmo tempo,
forçar as horas daquela urgência

que não permite esperar...

d. Pedro Casaldáliga (1928) é bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia

Padrão de excelência


Alguma diferença hoje?

"Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?"
Eça de Queiroz (1845-1900), em O Distrito de Évora em 1867

Greves devem continuar durante e após Copa




Nos últimos meses, milhares de trabalhadores aderiram a greves no Brasil, alterando a rotina de diversas cidades. As paralisações mobilizaram diversas categorias, como professores, garis, motoristas e policiais. A aproximação da Copa do Mundo tem sido usada como elemento de pressão pelos grevistas, avaliam especialistas. No entanto, eles são unânimes em afirmar que o Mundial pouco vai impactar as paralisações, que vieram para ficar.
Segundo Ruy Braga, professor da USP e especialista em sociologia do trabalho, as greves têm aumentado desde 2008. Somente em 2012, foram 873 paralisações, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
"A Copa do Mundo pode estar presente no horizonte tático e estratégico desses trabalhadores e sindicatos. Entretanto, isso não é decisivo, porque os dados mostram que a cada ano a atividade grevista aumenta 35% em relação ao ano anterior", afirma Braga. Ele acredita que o número de greves em 2013 e 2014 será muito superior ao de 2012.